PARA   VOCÊ

 
 
Quem quase vive, já morreu.
Quantas vezes sofremos por situações que poderiam ser, mas não foram?
Trabalho, viagens, amores… É o tal do “quase”. Sensação esquisita, né?
Pior que ficar no “quase” é não tentar mudar. É pensar que não está
bom, mas também não está tão ruim assim. É não arriscar, ter medo de errar.
Se conformar em viver uma vida morna. Quem não conhece alguém assim?
Por isso gosto tanto deste texto, que muitos de vocês devem conhecer.
Acredito mesmo que vivendo intensamente a vida, as oportunidades, os sentimentos, as amizades e o amor, o “quase” não são como derrota.

Vamos viver!!!



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Ainda pior que a convicção do

não e a  incerteza do talvez é a

desilusão de um quase.

É o quase que me incomoda, 

que me entristece, que me mata 

trazendo tudo que poderia ter

sido e não foi.

Quem quase ganhou ainda joga,

quem quase passou ainda

estuda, quem  quase morreu

está vivo, quem quase amou não

amou.

Basta pensar nas oportunidades

que escaparam pelos dedos, nas

chances que se perdem por

medo, nas idéias que nunca

sairão do papel por essa maldita

mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que

nos leva a escolher uma vida

morna; ou melhor não

me pergunto, contesto. A

resposta eu sei de cór, está

estampada na distância e frieza

dos sorrisos, na frouxidão dos

abraços, na indiferença dos “

Bom dia”, quase que

sussurrados. Sobra covardia e

falta coragem até pra ser feliz.

A paixão queima, o amor

enlouquece, o desejo trai.

Talvez esses fossem bons

motivos para decidir entre a

alegria e a dor, sentir o nada,

mas não são. Se a virtude

estivesse mesmo

no meio termo, o mar não teria

ondas, os dias seriam nublados

e o arco-íris em tons de cinza.

O nada ilumina, não inspira, não

aflige nem acalma, apenas

amplia o vazio que cada um

trás dentro de si.

Não é que fé mova montanhas,

nem que

todas as estrelas estejam ao

alcance, para as coisas que não

podem ser mudadas

resta-nos somente paciência.

porém, preferir a derrota prévia à

dúvida da vitória

é desperdiçar a oportunidade de

merecer.

Para os erros há perdão; para os

fracassos, chance; para os

amores impossíveis,

tempo.

De nada adianta cercar um

coração vazio ou economizar

alma. Um romance cujo fim

é instantâneo ou indolor não é

romance.

Não deixe que a saudade

sufoque, que a rotina acomode,

que o medo impeça de tentar.

Desconfie do destino e acredite

em você.

Gaste mais horas realizando que

sonhando, fazendo que

planejando, vivendo que

esperando porque, embora

quem quase morre esteja vivo,

quem quase vive já morreu.